quarta-feira, 21 de março de 2018

Ok Stranger Things você venceu


Alguns meses atrás ao dar uma olhada na timeline de qualquer rede social comecei a reparar que muitas pessoas começaram a compartilhar uma foto de uma parede repleta de luzes de natal com um  alfabeto de fundo, achei legal a foto mas de início não tive tanta curiosidade a respeito. Logo em seguida, no twitter "Stranger Things" estava nos tranding topics juntamente com Netflix mas novamente não dei muita importância. Em qualquer mesa de bar, em qualquer conversa alguém sempre perguntava: E aí já viu Stranger Things? comecei a lembrar do hype da excelente série Breaking Bad que diga-se de passagem foi merecedora de todo sucesso. 

Resolvi então ler a respeito da tal "Stranger Things", sinopse lida e saciada a curiosidade novamente não me pareceu atraente, mas resolvi ver o primeiro episódio, e aí que como diz a cantora Maysa "Meu mundo caiu".

Ambientada no ano de 1983 na cidade de Howkins estado de Indiana, a série tem como mote o desaparecimento misterioso de um  garoto de 12 anos. Enquanto procuram por respostas, a polícia local, a família e os amigos do menino acabam mergulhando em um extraordinário mistério envolvendo um experimento secreto do governo. A coisa logo de ínicio fica interessante quando os garotos conhecem uma menina estranha chamada apenas de "Eleven" que passou boa parte da infância em um laboratório sendo vítma de experimentos de um sádico que ela mesma chama de pai. (sem spoiler)

Stranger Things trouxe a tona muitas lembranças da minha infância, primeiro por ter crianças como protagonistas, segundo por ter dezenas de referências a filmes clássicos como ET, Goonies, Clube dos Cinco, Conta Comigo, Super 8 e mais recente do ponto de vista de trilha sonora do ótimo Donnie Darko. Se você esteve em marte nos ultimos anos e não conhece algumas das referências corra procurar urgente. Por falar em trilha sonora, no caso de Stranger Things é um caso especial, como não amar logo de cara uma série que apresenta: Joy Division, The Clash, Toto, The Smiths, New Order, enfim. Por ser ambientada na década de 1980 e mesmo que não fosse, pelo roteiro a trilha cai como uma luva. Justamente como no caso do Donnie Darko que faz a ponte entre o mistério e o drama de ser adolescente.

Dirigida pelos irmãos Duffer, Stranger Things tinha tudo pra ser um fracasso retumbante, a trama foi negada por mais de 15 estúdios e só foi possível graças a um contato dentro da NetFlix, a primeira temporada disponível no serviço conta com iniciais 8 episódios, eu acredito que a quantidade pequena de episódios seja justamente pra se medir a audiência da série e saber se vale um investimento maior aí sim para que na sequencia saiam mais capítulos. Esse é o único problema já que o público terá que esperar quase até o segundo semestre de 2017 pra conferir a continuação.
Diferente da maioria, assisti a série sem pressa como eu acho que as coisas devem ser feitas, jogadas, digeridas e assistidas. 

Degustando, aproveitando cada segundo e cada detalhe, o que foi muito difícil já que a curiosidade a cada final de episódio me deixava cada vez mais ansioso pra saber a continuação. Por ter muita fantásia na série eu tinha tudo pra não gostar, mas a coisa é tão bem enrolada, tão bem feita deixando várias pontas soltas que é impossível não se dar por vencido.

 Para proxima temporada é preciso que o elenco seja mantido, apenas isso, porque a julgar  pelo o que foi visto na primeira temporada o sucesso está garantido. Stranger Things me ensinou assim como Breaking já havia me mostrado que nem sempre é ruim gostar de algo que é sucesso e que muitas vezes esse tipo de produção é de fato de extrema qualidade, sorte a nossa.

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